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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Gene pode explicar longevidade menor dos homens


DA BBC

Gene passado pelos espermatozoides
seriam chave da longevidade
Cientistas no Japão anunciaram ter identificado nos espermatozoides um gene que estaria ligado ao fato de os homens viverem menos que as mulheres.

Um estudo feito com ratos pela Universidade de Agricultura de Tóquio, publicado na publicação especializada Human Reproduction, concluiu que o gene existe nos dois sexos das cobaias, mas parecia ser ativo apenas nos machos.

Os pesquisadores analisaram ratos criados com material genético de duas mães e nenhum pai.

Os filhotes livres de qualquer material genético herdado de um macho viveram em média 30% mais do que ratos com uma herança genética normal.

Mamíferos

Esses filhotes eram menores e mais leves, mas tinham um sistema imunológico melhor.

Os pesquisadores acreditam que as conclusões do estudo podem ser aplicadas em todos os mamíferos, inclusive no homem.

"Já sabemos há algum tempo que as mulheres tendem a viver mais que os homens em quase todos os países do mundo, e que essa diferença de longevidade também ocorre em muitas outras espécies de mamíferos", afirmou Tomohiro Kono, um dos autores do estudo.

"Entretanto, a razão para esta diferença ainda não era conhecida e, particularmente, não se sabia se a longevidade dos mamíferos era controlada pela composição genética de apenas um ou dos dois pais."

"Nossos resultados sugerem diferenças na longevidade sendo originadas no nível do genoma, implicando que o genoma do espermatozoide tem um efeito prejudicial na longevidade dos mamíferos", afirmou o especialista.

17/12/2009

Noticias Brasil / mundo
Moises Lourenço/SP
Moises@caiofabio.com
Twitter: moiseslourenco

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

BLOGS DE PROFESSORES

Muito tem se falado sobre as tecnologias, seus impactos na sociedade, seus grandes benefícios e também malefícios. Naturalmente, essa realidade tem se refletido na escola, revelando uma grande diferença no modo de pensar e agir, tanto de professores quanto de alunos. Há um divisor entre os nascidos antes e depois do computador pessoal (anos 80) e, principalmente, da internet gratuita e "hyperlincável" (anos 90). Segundo o educador americano Marc Prensky em sua obra Nativos digitais, imigrantes digitais (2001) "nossos alunos são nativos nesse mundo tecnológico e, nós, imigrantes". Na escola, não é raro perceber que os alunos têm muito mais facilidade em lidar com as tecnologias do que os professores, o que é muito potencializado pelo fato de muitos educadores resistirem em se apropriar das novas ferramentas. Para Barbosa e Serrano (2005):
"O desafio para a educação da nova era é desenvolver novos contextos de interação que denotem a utilização, sobretudo, de alternativas criativas e estimulantes ao aprendizado. As ferramentas disponíveis hoje na Internet, desde que com as devidas adaptações e com seu uso resultando de uma estratégia de aplicação, oferecem um universo de possibilidades a ser explorado pelo educador que se propuser a sobrepor a fronteira da tecnologia para descobrir meios para o enriquecimento de sua atuação".
Para que isso aconteça, faz-se necessário que o professor esteja familiarizado com os recursos pedagógicos disponíveis, promovendo assim, a ligação entre o humano e o tecnológico, entre o real e o virtual. O uso do blog educacional como ferramenta de ensino em ambiente escolar pode promover a troca de experiências e de conhecimento entre educadores e alunos, permitindo assim, a criação de um local de encontro, em busca da construção de saberes e de interação entre todos. Com poucos cliques, pode-se criar seu diário virtual, mesmo que não tenha conhecimentos de programação. A manutenção também é simples - como o sistema organiza automaticamente as mensagens (posts) do usuário, é bem mais fácil acrescentar textos, imagens e vídeos a um blog do que a um site tradicional.
De acordo com o especialista em educação Pedro Demo (2009), "o professor que estuda tem como resultado um aluno que aprende melhor". É preciso preparar os professores para que vençam seus próprios medos de usar as ferramentas que estão a sua disposição. A capacitação constante prepara os professores para as possibilidades que as tecnologias educacionais oferecem. Só a tecnologia, os equipamentos e recursos não resolvem.
Os recursos tecnológicos complementam as ações que realizamos na escola. O reconhecimento de uma sociedade cada vez mais tecnológica deve ser acompanhado da conscientização da necessidade de incluir as habilidades e competências para lidar com as novas tecnologias. O professor que planejar suas aulas utilizando novas técnicas estará experimentando novas propostas pedagógicas e qualificando o processo de ensino-aprendizagem.

O Blog
A reportagem de abertura da revista VEJA (Edição especial – Tecnologia, setembro, 2008) registra um recorde: a cada três segundos, um novo computador é vendido no Brasil. Enquanto o número de máquinas aumenta, difunde-se o uso da banda larga, que cresceu 50% somente em um ano no Brasil. Mais de 10 milhões de brasileiros estão ligados à Internet por meio de conexões rápidas.
Segundo a revista ÉPOCA (agosto, 2006), o número de blogs em todos os idiomas é hoje 60 vezes maior do que era há três anos e já ultrapassou a marca de 40 milhões de páginas. De acordo com o site Technorati, que cataloga e faz buscas em blogs no mundo inteiro, são criados 75 mil blogs por dia. Isso dá uma média de um novo blog por segundo. Há um blog para cada 25 pessoas on-line. Segundo o Pew Internet & American Life Project, instituição americana que estuda o impacto da internet, 57 milhões de internautas dos Estados Unidos lêem blogs diariamente. Eles são abastecidos por cerca de 1,2 milhão de novos conteúdos por dia, ou uma média de 50 mil por hora. No Brasil, dos quase 20 milhões de internautas, estima-se que algo como 25% vasculhem blogs todo dia, em busca de informação ou entretenimento.
Mas, o que é um blog? A definição clássica afirma que é um diário mantido por qualquer um na internet. A palavra parece ter surgido pela primeira vez em 1997, quando o internauta John Barger chamou seu diário pessoal na rede de "weblog", algo como "registro na web". Em 1999, outro navegante resolveu fazer uma brincadeira. Quebrou o termo em dois, para gerar o trocadilho "we blog", ou "nós 'blogamos'". Aí a palavra "blog" pegou. Segundo os colunistas da revista EPOCA (Agosto, 2006), blog é sinônimo de qualquer diário ou registro mantido na internet. Você vai lá, escreve um texto, publica uma foto, um filme, põe links para o que mais julgar interessante na rede e pronto. Tradicionalmente, os diários eram escritos em pequenos cadernos por quem queria manter as coisas em segredo. Pois na internet eles se transformaram em manifestações públicas e coletivas. Um faz referência ao outro. Um comenta o outro. Um se inspira no outro. E essa multidão de blogs que se entrecruzam e se relacionam ficou conhecida como "blogosfera".
Para iniciar é necessário escolher um site que ofereça o serviço de publicação na web. A maioria dos serviços é gratuita e oferece recursos para escrever como se estivesse usando um editor de textos. Ao cadastrar-se em um desses serviços, cria-se um endereço para o blog e para o layout. Os próprios serviços oferecem alguns modelos (templates) pré-configurados que podem ser alterados posteriormente.
Através do serviço gratuito Blogger, criado em 1999, é possível criar blogs facilmente em diversos idiomas. Em 2002, o Blogger foi vendido para a Google, desta forma, é necessário ter uma conta no Google para criar um blog nesse serviço.
Por meio de pesquisas no Google e outros sites de busca, é possível encontrar uma quantidade considerável de blogs mantidos por professores, cada qual com suas particularidades, mas com o conteúdo voltado para a educação. São dicas de atividades, planos de aula, materiais didáticos, links educacionais e sugestões de sites interessantes para professores que buscam na Internet novas formas de ensinar.

Os Blogs na Educação:
A Internet tem revolucionado o mundo dos computadores e das comunicações como nenhuma invenção foi capaz de fazer antes. Atualmente, a rede mundial congrega 1,5 bilhões de computadores de todos os tipos e tamanhos.
Para Moran (1995), "(...) as tecnologias estão provocando profundas mudanças em todas as dimensões da nossa vida. Elas vêm colaborando, sem dúvida, para modificar o mundo". É possível criar usos diferenciados para as tecnologias. Nisso está o seu encantamento, o seu poder de sedução, e o seu diferencial em sala de aula, uma vez que muitos alunos já têm contato com computadores e com a Internet fora da escola.
No que diz respeito à educação, segundo Almeida (2005) "a análise sobre o papel das novas tecnologias no processo de ensino aprendizagem é de extremo interesse para discutir os rumos que a educação vai tomar com a inserção das mesmas". As tecnologias educacionais precisam ser desbravadas pelos professores para que, dotados de conhecimentos, atitudes e posturas possam assegurar a efetiva utilização destas em suas aulas.
A escola referenciada neste artigo é equipada com uma Sala Informatiza, com 19 computadores com acesso à Internet e um profissional que acompanha as atividades realizadas no laboratório. Com base numa pesquisa feita com 17 professores da escola, que atuam em sala de aula, 5 professores nunca utilizaram a Sala Informatizada para realizar trabalhos com os alunos. Dos professores que utilizam, 5 informaram que tem dificuldade em realizar atividades com os alunos.
A falta de experiência, o receio, a falta de conhecimento e falta de treinamento foram os principais motivos apontados.
Para Dimenstein (2004), "tanto nos países pobres quanto nos ricos, há o consenso de que o principal obstáculo não é o acesso as máquinas, mas a formação do professor, capaz de transformar a rede em material pedagógico". O autor utiliza o termo "inconformáticos" para denominar aqueles que buscam transpor os obstáculos da exclusão digital.
Um meio para se conectar no mundo das tecnologias é através dos diários virtuais, conhecidos como blogs. "Os blogs são o primeiro passo para que todas as pessoas alfabetizadas tenham sua plataforma no mundo" disse em entrevista a ÉPOCA (Agosto, 2006), o jornalista e blogueiro americano John Batelle. Produção de textos, narrativas, poemas, análise de obras literárias, opinião sobre atualidades, relatórios de visitas e excursões de estudo, publicação de fotos, desenhos e vídeos produzidos pelos professores ou alunos – tudo é possível por meio do blog.
Cresce a cada dia a utilização dos blogs nas mais diversas áreas, inclusive na educação. Ele pode ser utilizado como um recurso em todas as áreas do conhecimento e permite a interdisciplinaridade, uma vez que ao adicionar um link abrem-se caminhos que levam a outras páginas e outros conhecimentos. Segundo Soares e Almeida (2005):

"Um ambiente de aprendizagem pode ser concebido de forma a romper com as práticas usuais e tradicionais de ensino-aprendizagem como transmissão e passividade do aluno e possibilitar a construção de uma cultura informatizada e um saber cooperativo, onde a interação e a comunicação são fontes da construção da aprendizagem"
Mas para que o professor possa romper com suas práticas tradicionais ele tem o desafio de não apenas incorporar essas tecnologias, mas também investir na criação de competências, e isto requer um olhar mais abrangente, buscando novas formas de ensinar e de aprender condizentes com a nova sociedade do conhecimento, elaborando, desenvolvendo e avaliando práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma análise reflexiva sobre os conhecimentos e usos tecnológicos.
Diferentes pesquisadores têm se preocupado em analisar e descrever as possibilidades de uso dos blogs na educação. A coordenadora de pesquisa em tecnologia educacional e articulista da divisão de portais da Positivo Informática, Betina von Staa, em seu artigo "Sete motivos para um professor criar um blog", destaca que com este recurso, o educador tem um enorme espaço para explorar uma nova maneira de se comunicar com seus alunos e também conectar-se ao mundo em que vive. É uma forma do professor ampliar sua aula, trocar experiências com colegas e tornar seu trabalho visível. A utilização do blog oferece espaços de diálogo onde os professores são escritores, leitores, pensadores, construtores de novas redes sociais e de saberes, permitindo a expressão e a discussão entre os sujeitos.
"Esses diários eletrônicos são uma ferramenta diferente, com potencial para reinventar o trabalho pedagógico e envolver muito mais os alunos. Têm grande poder de comunicação: oferecem espaços de diálogo onde os alunos são escritores, leitores, pensadores. Blogs ajudam a construir redes sociais e redes de saberes" (Wikipédia)
E o que muda no papel do professor? Segundo Moran (2000), "muda a relação de espaço, tempo e comunicação com os alunos. O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o virtual. O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da semana". É um papel que combina alguns momentos do professor convencional - às vezes é importante dar uma bela aula expositiva - com mais momentos de gerente de pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, sensibilidade, intuição e domínio tecnológico.
Quando o professor cria um blog, abre espaço para recriar, reinventar e criar novas idéias baseadas no que é tratado em sala de aula. A facilidade na incorporação de vídeos, músicas, slides ao blog, incentiva a criatividade e possibilita que o professor possa desenvolver uma aula rica em conteúdo, interessante e que transcenda o ambiente maçante que por vezes se torna uma sala de aula.
Uma vez que os blogs apresentam uma grande flexibilidade de utilização, podendo ser utilizados como uma simples publicação de material até sua utilização para promover e mediar discussões, temos uma ferramenta extremamente interessante para utilização em contexto educacional.
Assim, os blogs são uma maneira fácil de publicar materiais na Web, que possuem uma natureza aberta e inclusiva, uma ferramenta excelente para promover comunidades de aprendizes - as comunidades que incluem não somente estudantes e professores de uma classe, mas também profissionais, pais, e membros de comunidades locais. Nas palavras de Eric Davis, executivo do Google:

"A instrução não é limitada a tempo e espaço às atividades que ocorrem por três horas uma semana dentro da sala de aula. O Weblog tornou mais fácil para que a instrução ocorra em todos os momentos, enquanto mantém o contato pessoal (mediado pela tecnologia) entre os estudantes e o professor e entre os próprios estudantes."

Nicole Pereira: Professora da Rede Pública Estadual de Santa Catarina. Formada em Pedagogia e Cursando Especialização em Mídias Integradas à Educação

Ética: dimensão fundamental de toda prática humana e sua importância na prática docente

O limiar do século XXI trouxe consigo uma retomada de diversos temas e discussões para o âmbito da compreensão e da prática humana. Entre essas temáticas tão em voga atualmente, destaca-se a ética. Ela tem sido um campo amplamente estudado e discutido por teóricos, filósofos e intelectuais preocupados pelo rumo dos comportamentos e ações interpessoais, intergrupais e interetnicos dos grupos e da civilização humana.
Nessa conjuntura, definir o que seja ética não é uma tarefa fácil. Dada a multiplicidade de fatores considerados que a constitui. Entretanto, sem presunção intelectual, podemos determinar ética como um conjunto específico e determinado de princípios, normas, visões de mundo e formas de ser que regem as relações entre os homens.
Após essa sumária definição de ética, percebemos que ela é substancial para a prática do professor . Uma vez que está envolvido em um arcabouço cultural e humano que é a educação. E as razãoes são diversas, no entanto, pontuaremos apenas algumas que julgamos serem indispensáveis na apreensão proposta.
Em primeira instância, como a educação trabalha com a formação humana em todas suas dimensões, o professor detém em suas mãos uma ferramenta nuclear de constituição de valores, habilidades e comportamentos. Haja vista, o ensino dos conteúdos não pode se furtar a essa dimensão, ou seja, que educar é fundamentalmente formar seres éticos.
Segundo, como os alunos são oriundos das mais diversificadas configurações culturais, percepções e experiências individuais e coletivas. O educador necessita considerar em seu quer fazer pedagógico essa diversidade humana. Rejeitando terminantemente qualquer forma de discriminação e negação das identidades culturais dos educandos. Para tanto envolve assumir robustamente a dimensão ética como fator da assunção da condição humana.
Por conseguinte, o educador contemporâneo está permeado num universo relacional onde necessita resgatar e promover valores como solidariedade, humildade, tolerância, alteridade, cooperação, diálogo com seus pares, com a instituição da qual faz parte e com os educandos que convive na relação de ensino-aprendizagem. Em outros termos, atentar que o seu eu só é eu enquanto o outro exista e se relacione com ele, do contrário, o eu deixa de ser um eu para se tornar um não eu. Desumanizando-se.


Em quem acredita na ética e no ser humano programado, mas para aprender.


Clenivaldo

17 de dezembro de 2009

Abaetetuba

Pará

A busca da qualificação do corpo docente não pode estar restrita a sua titulação, ela precisa se constituir um processo contínuo

Vivemos numa sociedade na qual prima eminentemente pela certificação. Pela obtenção de diplomas e títulos. Essa visão do escopo social perpassa e incide influenciando a mentalidade das pessoas e especificamente do corpo docente. Em outras palavras, existe sem sombra de dúvida nos meios acadêmicos e educacionais um fenômeno de estagnação que se restringe a graduação. Como se isso fosse a panacéia dos problemas profissionais, de subsistência e de compreensão dos temas e das complexidades da sociedade e do conhecimento humano.
No caso em questão, os/as professores/as pensam que basta para o exercío do magistério ou qualquer outra profissão a obtenção de um curso superior de graduação para se tornarem os mais eficientes e profícuos profissionais.
Entretanto, há alguns fatores significativos que nos impedem substancialmente de tomar uma postura estática e cômoda diante do conhecimento e da qualificação docente restrita a titulação.
Em primeiro lugar, a sociedade modifica-se e estrutura-se constantemente criando novos cenários e necessidades para os seres humanos. A exemplo das novas tecnologias da comunicação e informação que tem indiscutivelmente revolucionado todos setores da existência humana. Demandando novas posturas e uma célere capacidade de rapidez e flexibilidade de equacionalização de problemas. Por conseguinte, a apreensão desses fenômenos circundantes é uma exigência das mais relevantes para provocar os docentes no sentido da qualificação processual contínua.
Em segundo lugar, as demandas para esse novo mundo do trabalho alcança níveis bastante elevados de aperfeiçoamento técnico, científico, epistemológico, relacional, etc. Não permitindo em hipótese alguma a ninguém dar-se o luxo de limitar-se exclusivamente a uma formação acadêmica de qualquer natureza tendo em vista a aquisição de uma titulação.
Em função disso, a qualificação do corpo docente inequivocadamente necessita compreender que orbita num processo perene de ressignificação, reconstrução e reelaboração de teorias, paradigmas, concepções, tendências e práticas na sua área de atuação que é a educação. É o que os autores denominam de formação continuada. Processo ininterrupto de aquisição de novos conhecimentos, enfrentamento de novas problemáticas, assunção da consciência do inacabamento do ser humano.
E por fim vale destacar a postura por parte do/a professor/a de lançar mão da pesquisa associada a prática pedagógica. Uma vez que novas leituras e uma busca contínua do e pelo conhecimento seja uma ferramenta de oxigenação da vida do ser educador em qualquer instituição, e com muito mais razão na docência de qualquer nível de ensino do nosso sistema educacional.


Em quem acredita na educação e no ser humano programado, mas para aprender.


Clenivaldo

17 de dezembro de 2009

Abaetetuba

Pará

Mudança: palavra que desafia constantemente nossa condição humana parte 1

A palavra mudança é uma das palavras mais indesejadas, temidas e assumida por profissionais e pelas pessoas de modo geral. Pois preferem conforto frio em vez de mudanças; petrificação histórica, em lugar da construção do tempo como possibilidade. Ela é geradora de um mal estar puxador do chão da existência.


Mudança: palavra que desafia constantemente nossa condição humana parte 2

Criança britânica é diagnosticada com esclerose múltipla aos 5 anos


Jane Elliott
repórter de Saúde da BBC News

Sam sofria com dores de cabeça fortes
Um menino britânico de cinco anos foi diagnosticado com esclerose múltipla – uma doença neurológica crônica e degenerativa que afeta a coordenação motora.

O caso, considerado raro entre crianças, recebeu a princípio um diagnóstico incorreto de médicos consultados pela família em Dumfries e Galloway, sudoeste da Escócia.

Sandra Blyth, mãe de Sam Blyth, relata que entre os primeiros sintomas apresentados pelo menino estavam dores de cabeça quase constantes, sempre no mesmo lugar.

De acordo com Blyth, os médicos afirmavam que as dores de cabeça da criança eram causadas por um forte resfriado.

"Sendo mãe, eu sabia logo no começo que havia algo errado", afirmou. "Ele nunca tinha reclamado de dor de cabeça antes e elas pareciam tão fortes."

Blyth relata que, em algumas ocasiões, as dores acordavam o menino durante a noite e ela levou o filho ao médico quatro ou cinco vezes. Todas as vezes eles falaram que era apenas um resfriado e o mandaram de volta para casa.

Perda de visão

No dia 3 de março de 2009 os sintomas de Sam pioraram.

"Ele começou a gritar, falando que não conseguia ver. Levei para o hospital, chorando e disse 'acho que ele tem um tumor no cérebro'", afirmou.

Os médicos fizeram um exame de sangue, tomografia e exame de ressonância magnética.

Sam Blyth foi enviado então a Edimburgo onde foi diagnosticado com encefalomielite disseminada aguda, um distúrbio inflamatório com sintomas similares aos da esclerose múltipla, mas que afeta o paciente apenas uma vez e, em até 75% dos casos, a recuperação é completa.




Esclerose múltipla causa danos a células nervosas
Sam recebeu um tratamento com esteroides e se recuperou. No entanto, meses depois, ele começou a mostrar sintomas preocupantes novamente.

Demora no diagnóstico

Com apenas cinco anos, Sam Blyth foi diagnosticado com esclerose múltipla, doença de causa ainda desconhecida, e atualmente está sendo tratado com injeções de interferon-beta e esteroides.

Evangeline Wassmer, neurologista pediatra no Hospital Infantil de Birmingham, afirmou que a demora para se chegar a um diagnóstico da doença não é raro, pois existem outras doenças, em crianças, parecidas com a esclerose múltipla.

"Esclerose múltipla em crianças é rara: não temos os números exatos de casos, mas podem existir entre 45 e 300 crianças diagnosticadas na Grã-Bretanha por ano."

A médica acrescentou que é muito difícil falar para a família de uma criança sobre a doença já que "cerca de 50% (dos diagnosticados) vão precisar de ajuda para andar quando tiverem 40".

A mãe de Sam, Sandra Blyth, afirmou que nunca imaginava que uma criança poderia ter a doença.

"Sempre pensei que a doença afetava apenas adultos na faixa dos 40 anos. Nunca pensei que ele (Sam) teria esclerose múltipla tão cedo".

16/12/2009


Noticias Brasil / mundo
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Astrônomos acham estrela 35 vezes mais quente que o Sol

Estrela da nebulosa Bug. Foto: Anthony Holloway (JBCA)

Astrônomos da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha, descobriram uma das estrelas mais quentes da galáxia, com temperaturas 35 vezes maiores do que o Sol.

Segundo os cientistas do centro de pesquisas Jodrell Bank Centre for Astrophysics da universidade, esta é a primeira vez que a estrela, que fica na nebulosa Bug, foi observada e retratada. A sua temperatura é superior a 200 mil graus Celsius.

"Esta estrela foi muito difícil de ser encontrada porque ela está escondida atrás de uma nuvem de poeira e gelo no meio da nebulosa", disse o professor Albert Zijlstra, da Universidade de Manchester.

De acordo com ele, nebulosas planetárias como a Bug se formam quando estrelas que estão morrendo ejetam gás no espaço.

Sorte

"Nosso Sol vai fazer isso em cerca de cinco bilhões de anos. A nebulosa Bug, que está a cerca de 35 mil anos luz na constelação de Escorpião, é uma das nebulosas planetárias mais espetaculares."

Zijlstra e sua equipe usaram o telescópio Hubble para encontrar a estrela. Em setembro, o telescópio foi reformado, com a instalação de mais uma câmera.

As imagens capturadas pelo Hubble serão publicadas na próxima semana na revista científica Astrophysical Journal.

"Nós fomos extremamente sortudos que tivemos a oportunidade para capturar esta estrela próximo ao seu ponto mais quente. De agora em diante ela vai se resfriar na medida em que vai morrendo", disse o autor do artigo, Cezary Szyszka, que trabalha no European Southern Observatory.

"Este é um objeto verdadeiramente excepcional."

Segundo o cientista Tim O'Brein, da Universidade de Manchester, ainda não se sabe como uma estrela do tipo ejeta sua massa para formação de nebulosas.

15/12/2009


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Nicholas Wade: "A seleção natural moldou a religiosidade"

Em entrevista a ÉPOCA, autor do livro "O Instinto da Fé", conta como a religião se tornou uma vantagem competitiva determinante para o triunfo da humanidade

José Antonio Lima
Revista Época


WADE Para o autor, a religião forçou o comportamento moral, criando vantagens para determinados grupos
A religiosidade é um comportamento moldado pela seleção natural e fez alguns grupos de seres humanos terem vantagens competitivas sobre outros há milhares de anos. O resultado disso é que hoje todos nós temos um instinto religioso, que nos faz querer acreditar em Deus. A polêmica tese está no livro The Faith Instinct (O Instinto da Fé em tradução literal, ainda sem nome oficial no Brasil), do jornalista britânico Nicholas Wade, repórter especial de Ciências do jornal americano The New York Times.
Nascido e criado no pequeno condado inglês de Buckinghamshire, Wade foi criado na Igreja Anglicana, mas diz que sua religião não influenciou a obra. Wade conta que escreveu o livro como jornalista e, portanto, tentou evitar a inclusão de qualquer experiência pessoal.
Como fez no livro de 2006 Before the Dawn (Antes do Amanhecer em tradução literal), no qual tenta reconstruir a ancestralidade do homem desde a dispersão pela África, há 50 mil anos, Wade usa descobertas recentes da arqueologia para tentar provar que o fato de ter uma religião – seguindo o chamado instinto da fé – está na base do sucesso dos seres humanos como espécie.
Nesta entrevista a ÉPOCA, Wade conta como chegou a essa conclusão e explica como a religião beneficiou a humanidade.

ÉPOCA – O senhor se baseia em evidências arqueológicas que provariam que o comportamento religioso do ser humano existe há milhares de anos. Quais são as principais evidências?
Nicholas Wade – Há uma série de evidências descritas no livro, como arenas para danças religiosas de 7 mil anos, templos de 1,5 mil anos. Essas evidências são persuasivas e mostram que a religiosidade é universal. Isso sugere que esse comportamento é muito antigo e já estava presente na população humana ancestral antes de ela se dispersar na África, 50 mil anos atrás.

ÉPOCA – Quais são as vantagens evolutivas proporcionadas pela religiosidade?
Wade – A religiosidade conferiu uma vantagem muito significativa a alguns grupos de humanos. Ela permitiu que determinados grupos permanecessem juntos, criassem uma ligação emocional e buscassem um objetivo comum. Uma vez que todos estivessem comprometidos com esse objetivo, eles poderiam chegar a um acordo sobre como se comportar em relação ao outro, definindo padrões morais, poderiam decidir como se defender contra inimigos. Era uma vantagem poderosa, e a seleção natural permitiu que os grupos com comportamento religioso sobrevivessem e florescessem.

ÉPOCA – Então a religião e a moralidade evoluíram em conjunto?
Wade – São instintos diferentes. Nós vemos indícios de um comportamento pré-moral em animais, como por exemplo nos chimpanzés. Dois machos podem brigar, mas depois fazem as pazes e essa reconciliação traz benefícios ao grupo. A religião e a religiosidade funcionam de forma diferente. Uma coisa é saber o que é certo e outra é realmente fazer o que é certo. A religião força o comportamento moral.

No começo do século XX algumas pessoas diziam que a religião iria acabar, mas elas estavam completamente erradas

ÉPOCA – A seleção natural de grupos é contestada por muitos biólogos. Como o senhor defende essa constatação sobre o comportamento religioso diante dessas críticas?
Wade – Sempre houve uma dificuldade para a Teoria da Evolução explicar vários comportamentos sociais humanos, como é a religião. O problema é o seguinte: se você gastar tempo ajudando as pessoas, terá menos tempos para ajudar seus filhos a sobreviver. Então, por essa lógica, uma pessoa que ajuda as outras, um altruísta, deixará menos filhos, e assim os genes do altruísmo desapareceriam rapidamente da população. Mas o que vemos é uma sociedade com muitos altruístas. Então, como explicar isso? O próprio Darwin pensou nesta questão e sugeriu que a seleção natural atua nos grupos. Segundo ele, se um grupo tiver mais altruístas, esse grupo vai prevalecer sobre um grupo com menos altruístas. Desde Darwin, muitos biólogos questionaram isso e defendem que a seleção natural agiria muito mais rapidamente sobre indivíduos, contra o altruísmo, do que sobre grupos, a favor do altruísmo. Por conta desse argumento a teoria da seleção de grupos perdeu espaço, mas recentemente alguns biólogos, como Edward O. Wilson [pioneiro do estudo da sociobiologia, de Harvard], disseram que a seleção natural dos grupos pode ter tido papel importante, especialmente na evolução humana, por conta de dois fatores: as guerras e as pressões internas contra comportamentos individualistas, que forçavam, por exemplo, que o caçador dividisse a comida com os outros. Isso pode ter suprimido ou reduzido a velocidade dos efeitos da seleção natural individual.

Saiba mais
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ÉPOCA – E essas vantagens são importantes hoje em dia?
Wade – Ainda são, tanto que todas as sociedades que conhecemos possuem religião, mesmo aquelas em que houve uma tentativa de acabar com a religiosidade, como a União Soviética. Temos um instinto religioso, e a maioria das pessoas quer ter algum tipo de religião, mesmo aquelas que não acreditam nas religiões em que foram criadas. A religião continua a desempenhar um papel importante na vida das pessoas.

ÉPOCA – Vivemos em uma era de triunfo da ciência, na qual muitas pessoas se dizem religiosas, mas não vão à igreja ou a qualquer que seja o templo. Qual é o futuro da religião?
Wade – Essa é uma pergunta tão interessante como difícil de responder. Se olharmos apenas para o Ocidente veremos situações díspares. Nas sociedades europeias, cada vez mais as pessoas estão deixando de ir à igreja, mas nos Estados Unidos elas continuam indo muito, e a religião tem um papel muito importante na sociedade. Podemos dizer que as pessoas sempre terão o instinto da fé dentro delas e se vão ou não à igreja depende da condição em que estão, por exemplo passando por uma guerra, pobreza ou estresse, situações que tendem a aumentar a necessidade de ir à igreja. Talvez seja por isso que na Suécia, onde há um estado de bem-estar que funciona muito bem, as pessoas têm menos necessidade de ir à igreja, enquanto na sociedade como a americana, na qual é muito difícil ser pobre, elas vão mais à igreja. É difícil encontrar uma resposta, mas é fato que no começo do século XX algumas pessoas diziam que a religião iria acabar, e elas estavam completamente erradas.

ÉPOCA – Os religiosos são mais evoluídos que os ateus?
Wade – Não, todos temos o mesmo instinto religioso. E esse instinto não é uma religião, mas simplesmente a habilidade de aprender uma religião e se comprometer com a religião de sua comunidade. É um processo semelhante ao da linguagem. Temos um instinto que nos faz aprender a língua falada ao nosso redor, mas se você não exercitar isso, nunca vai aprender apropriadamente. Se a pessoa não se comprometer com a religião da sua comunidade até 12 ou 15 anos, talvez ela nunca signifique muito para você.

13/12/2009


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Moises Lourenço/SP
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Pequena mensagem aos educadores para 2010

Na verdade, o processo educativo não tem pausa ou interrupção. Ele de maneira permanente e ininterrupta se faz e refaz durante todos os dias do processo sociocultural e político da sociedade e da instituição denominada escola.
Valores como cooperação, solidariedade, respeito, tolerância, responsabilidade e compromisso com a educação e com o ser humano deveriam e devem sensibilizar e nortear a nossa visão de mundo, nossas ações no contexto escolar e na sociedade circundante.
Se desejamos realmente construir e formar os futuros cidadãos/as para o convívio e participação política, social, econômica, cultural, etc; necessitamos prementemente contribuir pessoal e coletivamente com a educação de qualidade social para uma sociedade menos injusta e desigual. E isso deve começar pela escola.
Sendo assim, vamos edificar o amanhã com as ferramentas do presente! Que o ano de 2010 seja repleto de sucesso, saúde e paz em todas as áreas!


Em quem acredita nos educadores e no ser humano programado, mas para aprender


Clenivaldo

16 de dezembro de 2009

Abaetetuba

Pará